eu queria poder deitar no meu telhado e ver a lua,
assim, quando ela tá nascendo.
queria poder pular muros, janelas,
subir em árvores, me jogar de um avião.
as vezes não sei se ter certeza é o certo.
sentir deveria ter algum sentido.
não ter sentido deveria ser razão.
sentido do sentido de sentir.
eu não queria sentir.
sentir doer quando escuto mais um falar que é em vão.
em vão toda a luta, todas as lágrimas derramadas, toda dor causada.
não ter sentido te escutar dizendo que não é pra chorar,
senão você também chora.
não ter sentido depois de tanta frieza
te ouvir dizer baixinho um "eu te amo".
não ter sentido dor, dor que dói.
não ter sentido saudade até da voz amarga.
não ter sentido te querer a todo momento,
mesmo sabendo que podes estar em outros braços.
não ter sentido toda a falta de elogio,
e mesmo assim te mostrar tudo o que produzo.
não ter sentido a indiferença,
quando te conto o que mais importa pa mim.
não ter sentido quando falam que não volta mais,
pois, mesmo assim, continuo lutando contra o mundo,
pra tá perto, com, ou sem nenhuma razão.
--
eu sei que aprendi há muito tempo que só amor não basta, mesmo que todos os filmes, músicas, livros que gosto digam isso. é que meu amor branco e preto me deixou na mão. dói. dói dor que nunca mais quis sentir, ainda mais com a única pessoa que me completou, a única pessoa que esperei olhando de longe, sentindo de longe, paquerando de longe. é, o longe tinha um sentido mais poético do que toda essa ostra que eu to me transformando.
beijo e boa noite, porque o dia já era.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
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